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AO CAPITÃO
A verdade semeemos
Não colhi em Lampião Arquétipo de virtude Ausente dos meus altares Inexistes, Capitão Pois não é a ti que admiro Montando justas razões Unindo-te à violência Foi-te o signo de peão Porém descobri que não Aflora a necessidade De amiúde observá-lo ... Idos destes nossos picos Cada que em pousos estranhos Veja-se qual retirante Atentará que o Brasil Vogal de quatro estações Nos percebe Capitães Os descendentes daquele E nacionais do Nordeste Com chique-chique, poeira Alpercatas de rabicho Ri-de-conta, carrapicho Chapéus, punhais, selas, óculos Cavaleiros: Lampiões Ante o espelho em joelhos Dei com nossos olhos díspares Um na luz, outro na treva De espinhos,ciscos e lágrimas De pedradas, de amargor Iramo-nos por um nada Pra logo esquecer remir Assente essa lealdade Marca essencial herdada Gravada no de antemão Na ante-sala da existência Cinco séculos de mais Depurada aridez, sol Amigados ao sertão Os planetários nas alvas A tardinha nos encontra Persignados a orar Tenho Maria Bonita Nunca peguei num fuzil Mas bem cá tenho comigo Que não sou de errar a mira, Táticas de guerrear Infante fui cavaleiro, De vastos carnaubais Daqueles vales dos Picos Escapando-se às volantes Aos macacos e sargentos Sangrando, matando o mal Já não sei bem ao certo onde Apagou-se o Lampião Talvez no acender da lenda Se não foste qual exemplo Serve-nos de bastião Seu Virgulino Ferreira Dos Silvas, meu pobre, nobre Último, nacional O Capeta, capitão
Marconi Barros
Enviado por Marconi Barros em 16/12/2008
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