No Ponto Cósmico
De janelas frestas
Entre guardados
Caqueiros, flores, matas
Avistei o baú
Singular do Stan, O Pirata
Vincado em lápide áurea, de prata e madeira
O porto cais do vate das minas e dos gerais
Estrelas, suvelas, pregos, parafusos
Belas donas e balas, bélicas, balas
Corações, santas medalhas
E a de honra ao mérito mareada
Cadeados, moedas, grampos de cerca e de damas
Um pai em 3 x 4,
Um filho em 3 x 4
Uma família em não mais
Eu ouvi o grito e seu retrato
Um menino, um homem e seu registro
Chaves,  chaveiros e o Brasil registrado
Também havia o cadeado
Que impossibilitava ao tesouro ser cerrado
Um baú ao inverso
De interior convexo e exposto aos demais
O baú e o Pirata são um
E o que mais guarda é o que mais retrata
Um guerreiro em mares terríveis
E uma batalha sempre a recomeçar
Eu vi a infância, o afã, o medo e a ânsia
Nos olhos, no 3 x 4 do Estanislau
Eu vi a vida, a luta o sonho e a poesia
Onde se chorava, onde se sorria
O destino dos fortes, o baú do pirata
Mais cais, mais porto, mais destino se revelava
Mais cais, mais porto, mais forte se fazia