Que belo era o roçado nas vazantes
Mas que labuta, manter os canteiros
Quando a correnteza os revolvia inteiros
Trabalho mensal perdido em instantes

O sistema de águas fluviais de antes
Foi minguado, de caudal verdadeiro
A riacho assoreado, cordeiro
Tosquiado, deserto dos amantes

De piscoso a rio dos caramujos
Aprisionado nas suas nascentes
Em balneários barrentos e sujos

Teu rosto infantil guardamos nas mentes
Berço dos Barros, Mouras , Araújos
Beijo te agora O Ausente Picoense