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AO CAPITÃO
Verdade seja dita
Nunca gostei de Lampião E nem bem o admiro Mas descobri que não Se faz necessário Observá-lo ... Longe de casa Cada um de nós Que se atreva a seguir Perceberá que o Brasil Das chuvas Nos percebe tal outro Capitão Descendentes daquele E nos respeitam Mesmo temem Por nacionais do Nordeste Filhos Incontestes De Lampião E passei a melhor nos observar Temos olhos vazados De lágrimas Pedradas E amargor Não o tinha Gonzaga ? Iramo-nos com facilidade Mas somos leais Diferençamo-nos por Cinco séculos de sol a mais Tenho comigo segredado Crueldades que não obrarei, jamais ! Em nome de Jesus ! Amigo-me com os caminhos O vergel, A fauna, Os planetários E as alvas A tardinha me encontra Persignado a orar Tenho minha Maria bonita Antipatizo com os governantes Nunca peguei em fuzil Mas tenho comigo Que não erro a mira Não nego fogo Sei as táticas de guerrear Outrora fui cavaleiro, pois não ? De carnaubais Risquei as poeiras Dos vales dos Picos Fugindo das volantes Dos macacos Matando, Ferrando, Sangrando ... Não sei onde Se apagou o Lampião E onde se acendeu A lenda Se não foste um exemplo Serve-nos de bastião Virgulino Ferreira Dos Silvas ... Virgulino Meu pobre Nobre Capitão !
Marconi Barros
Enviado por Marconi Barros em 15/04/2008
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