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ARDIL SUAVE
Embotados, meus olhos buscam
A luz do sol que se derramou nas frestas Que porventura houvesse Mas não há frestas possíveis Ela passou Levou o sol e a manhã Ficou seu gosto de cigarro Na minha vida Eu, não fumante Abstêmio Ela, ar boêmio Mesmo sem beber ou fumar Encheu minha vida de fumo Tolas, as manhãs estão pardas Fumo de especiarias Do suor dela Daquele corpo, seu vestido, seus pêlos negros dourados e por rebrotar Fumo do prolongado dos seus cabelos Ondulados tal o mar Lá longe encrespado Pelo vento que cá não há... Eu não sei do mar Não é da minha usança Via selvagem irrevelada Mas sei que a dança das palmeiras Num quase se abraçar São de um vento qu’inda virá Ando falto de papoula que eu a desconheça Descaroço minhas razões Na matina velada Do meu amargar Há o café ‘Inda há o café Permutarei por chá Acho que me tornarei um inglês Frio, murcho, complexado tal um inglês Agendado, hebdomadário, previsível um inlglês Um monge Da tribo longe Pois Ela passou Levou o sol e o amanhã Ficou seu gosto, Pigarro em que me embalo Ela Passou ... Ou ... Pigarro pífio Em que embalo Minhas últimas Palavras Últimas
Marconi Barros
Enviado por Marconi Barros em 26/04/2008
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